21 de junho de 2007

Atenção ao SFJAZZ Collective...

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Embora prejudicado por coincidir com o concerto de Pat Metheny e Brad Mehldau na Aula Magna, a actuação do SFJAZZ Collective no Estoril Jazz merece especial atenção pois reúne no mesmo palco Joe Lovano (saxofone-tenor), André Hayward (trombone), Miguel Zenon (saxofone-alto), Dave Douglas (trompete), Stefon Harris (vibrafone), Renee Rosnes (piano), Matt Penman (contrabaixo) e Eric Harland (bateria).

O SFJAZZ Collective é um ensemble de estrelas maiores no firmamento do Jazz, composto por oito dos mais prestigiados músicos e compositores da actualidade, que tem por missão interpretar projectos próprios e novos arranjos dos grandes compositores do Jazz moderno.

Criado em 2004 pela SFJAZZ – a maior organização não lucrativa na área do Jazz na costa Oeste dos EUA e responsável pela organização do San Francisco Jazz Festival – este colectivo nasceu sob a égide do saxofonista Joshua Redman, então director artístico deste evento.

A invulgaridade do projecto e a qualidade dos jazzmen a ele associados desde logo captou a atenção e os aplausos da crítica especializada, pelo que rapidamente se tornou uma referência, sendo elogiado pela forma inovadora como trata o respectivo repertório, o qual muda todos os anos, mantendo-se apenas a estrutura. Com efeito, o SF JAZZ Collective apresenta anualmente um conjunto de temas compostos por uma referência no jazz moderno (tendo já visitado as obras de Ornette Coleman, John Coltrane e Herbie Hancock), mas com novos arranjos da autoria do conceituado Gil Goldstein, e ainda uma composição da autoria de cada um dos seus oito membros actuais, o que assegura simultaneamente a renovação da tradição e a busca de novos caminhos síncronos com a actualidade.

Constituído por músicos de referência e com o seu estilo próprio, o SFJAZZ Collective consegue ainda assim manter o seu som distinto mediante o cultivo de uma estratégia que tem dado bons resultados: todas as Primaveras o octeto reúne-se em São Francisco para um período de ensaios de três semanas (caso raro nos dias que correm, mas essencial para dar verdadeiro significado à expressão Collective), aproveitando ainda para realizar workshops. É a partir daqui que o ensemble inicia subsequentemente a sua digressão pelos mais importantes palcos internacionais, a qual termina com a gravação de um novo CD que assim preserva o produto musical de cada nova temporada.

Em 2007 o colectivo está focalizado nas obras do pianista e compositor Thelonious Monk, o que constitui um excelente auspício para a sua estreia no Estoril Jazz.


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